Entre amor e ódio: o peso de ser relevante #012
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Entre amor e ódio: o peso de ser relevante #012

Críticas fazem barulho, mas clientes moldam legados. Na ACTO, focamos em criar relógios icônicos para quem valoriza nossa essência, não em agradar críticos. Consistência transforma marcas em ícones.

Thiago Chiká
4 min
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Muito provavelmente você, que me acompanha na newsletter, chegou pelo meu Instagram. Então sabe que tirei o período de final de ano para viajar.

Antes de chegar ao destino em que faria uma viagem de esqui, passei por Genebra. No aeroporto, algo chamou muito a minha atenção: a Audemars Piguet estava investindo pesado na campanha de sua collab com o Kaws. Essa campanha gerou polêmica; muitos amaram, e muitos odiaram.

Campanha da colaboração Kaws x Audemars Piguet. Créditos à marca.
Campanha da colaboração Kaws x Audemars Piguet. Créditos à marca.

Na semana seguinte, acompanhei um perfil no Instagram sobre relógios que respeito muito. O autor, um especialista em mecanismos, história e técnica da relojoaria, publicou uma lista com os “10 piores lançamentos de 2024” na opinião dele. Lá estava o AP x Kaws. Na mesma lista, aparecia também o lançamento da Patek Philippe Cubitos, uma peça de uma das — senão a — principal marca do mercado, que também dividiu opiniões.

Campanha do relógio Cubitus da Patek Philippe. Créditos à marca.
Campanha do relógio Cubitus da Patek Philippe. Créditos à marca.

Isso me fez pensar: nenhuma marca, por maior que seja, está imune a críticas. Haters e críticos sempre encontram espaço para opinar.
Mas será que isso é realmente algo ruim?

Receber críticas pode ser desconfortável, mas há algo importante a se lembrar: só quem está chamando atenção é criticado. A presença de haters muitas vezes é reflexo do impacto que sua marca está causando. As grandes marcas do mercado, como Audemars Piguet e Patek Philippe, não chegam aonde estão tentando agradar a todos o tempo todo.

O que realmente preocupa, no entanto, é quando as marcas começam a perder aquilo que as define em sua essência — seu posicionamento, seus valores e sua autenticidade. Ceder demais às críticas ou tentar agradar a todos pode diluir a identidade de uma marca, tornando-a genérica. E no mercado de hoje, onde as opções são infinitas, o que uma marca não pode ser é esquecível.

A controvérsia só se torna perigosa quando reflete uma desconexão entre a marca e seus pilares. Por isso, mais do que reagir às críticas, é essencial filtrar o que é relevante, mantendo-se fiel ao propósito e aos valores que guiam a empresa. É isso que transforma marcas em ícones atemporais.

Mas a verdade é que só o tempo dirá se uma marca está se perdendo. São os "tiros errados", acumulados ao longo do tempo, que enfraquecem sua essência e fazem o público notar a desconexão. Por isso, a consistência não é apenas uma estratégia; é o que mantém marcas vivas e relevantes.

Críticas e controvérsias, quando bem administradas, geram discussão, visibilidade e, às vezes, até lealdade de quem defende a marca. O barulho em torno de um produto ou campanha pode ser exatamente o que o mantém no centro das atenções.

Na ACTO, não criamos relógios para agradar os críticos ou responder aos haters. Nosso foco está em quem acredita no que fazemos, valoriza o que representamos e busca o que é seu. Não estamos aqui para todos, mas para aqueles que entendem, vivem e se conectam com a essência da ACTO.


Como lidar com críticas e haters
Nas redes sociais e fora delas, haters e críticos são inevitáveis. Aqui estão algumas formas de abordar a situação:

  1. Diferencie críticas construtivas de ataques vazios
    Há uma grande diferença entre um feedback que aponta melhorias reais e um comentário mal-intencionado. Escute o primeiro e ignore o segundo.
  2. Mantenha a classe na resposta
    Não caia na provocação. Responder com educação e profissionalismo demonstra segurança.
  3. Use as críticas como aprendizado
    Em muitos casos, críticas revelam insights valiosos sobre como o mercado percebe sua marca ou produto.
  4. Lembre-se: haters são barulho, mas clientes são resultado
    Foque na experiência do cliente e nos seus resultados. A opinião de quem compra é mais importante do que a de quem só opina.

O que define uma marca como a ACTO não são as críticas ou opiniões contrárias, mas como ela responde a elas. Críticas podem ser desconfortáveis, mas também são oportunidades de aprendizado e crescimento. Grandes marcas, como Audemars Piguet e Patek Philippe, continuarão criando relógios icônicos, independentemente de listas ou opiniões negativas. Isso é um lembrete poderoso: quem constrói algo grandioso precisa estar disposto a enfrentar críticas.

Na ACTO, seguimos esse princípio com foco total em nossos clientes, aqueles que acreditam no que fazemos e valorizam o que representamos. Não criamos relógios para agradar os críticos, mas para inspirar e atender quem compartilha do nosso propósito e busca o que é seu. Porque, no fim, são os clientes que moldam o legado de uma marca — não as vozes que apenas opinam à distância.

Grande abraço,
Thiago Chiká
Fundador e CEO da ACTO